Comunicação

Nov 18, 2021 | Educadores e escolas

Os avanços feitos no estudo da importância da comunicação entre mães/pais e filhas/os referem que esta é a principal via de desenvolvimento intelectual durante os primeiros anos de vida, permitindo desenvolver competências como a memória, concentração, abstração, conhecimento do meio, autorregulação e a própria linguagem (Bilbao, 2019).

Contudo, os estilos de comunicação têm também uma forte influência no impacto que estas interações têm no desenvolvimento das crianças: existem estilos de comunicação que estimulam a cooperação, que promovem a confiança mútua, que estimulam uma memória mais organizada, e ainda outros que ajudam a criança a desenvolver uma forma de pensamento mais positivo (Bilbao, 2019). No caso da comunicação cooperativa ou colaborativa, esta procura criar um laço de empatia que orienta as famílias a colaborarem nas suas diversas tarefas do dia-a-dia, trabalhando em equipa e criando espaço e liberdade para que as crianças se tornem mais independentes, autónomas e participativas.

Para que as crianças cresçam em harmonia com o mundo que as rodeia e com as suas famílias, estabelecer uma comunicação clara e objetiva torna-se essencial e reflete-se como um elemento catalisador de crianças mais confiantes e responsáveis. Antes, durante ou depois da criança realizar a tarefa a comunicação/diálogo positivo e construtivo sobre a mesma é fundamental. Como correu? Conseguiste? Precisas de ajuda? Como te posso ajudar? Agora vamos fazer o quê? Qual é o animal? Gostas de fazer as atividades sozinha/o? …

Referências bibliográficas

Bilbao, A. (2019). O cérebro da criança explicado aos pais. Planeta Manuscrito, 4ºEd
Cruz, O. (2014). Que parentalidade? A tutela civil do superior interesse da criança. Lisboa: Centro de Estudos Judiciários. Disponível em: http://www.cej.mj.pt/cej/recursos/ebooks/familia/Tutela_Civel_Superior_Interesse_Crianca_TomoIII.pdf
Cruz, V. (2014). Desenvolvimento cognitivo e aprendizagem da matemática. Análise Psicológica, 32(1), 127-132
Cruz, V. E., Cruz, G. T. D. (2019). O método Montessori e a construção da autonomia da criança na educação infantil. Caderno Intersaberes, 8(15), 1 – 22
Duncan, L. G., Coatsworth, J. D., & Greenberg, M. T. (2009). Pilot study to guage acceptability of a mindfulness-based, family-focused preventive intervention. The Journal of Primary Prevention, 30(5), in press.
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Moufarda, C. (2014). A importância e o impacto das rotinas na creche e no jardim de infância. Instituto Politécnico de Lisboa
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